ABRIL

LEITURA ENCENADA “ABRIL”

ABRIL é uma criação coletiva do Teatroesfera,1999, faz 25 anos, e teve muito sucesso. Resultou do apoio da Câmara de Sintra, que também a levou às Escolas do concelho, e fez uma longa carreira de espectáculos em Lisboa no Teatro da Comuna e no Teatro Maria Matos, também percorreu o país requisitada pelo Ministério da Cultura.

ABRIL é sobre a liberdade, com encenação de Joaquim Nicolau, e foi criada por António Filipe, António Melo, Carla Galvão, Paula Sousa e Ricardo Afonso.

Desta vez, a leitura encenada terá a direção de Paula Sousa e o elenco será a equipa de actores atual do Teatroesfera: Ana Landum, Isabel Ribas, Jorge Estreia, José Nobre, Paula Sousa e Tiago Ribas.

Sinopse ABRIL

“Num Parque onde os pássaros não podem cantar, o João tem um pássaro que não se cala.

Para proteger o pássaro João cai nalgumas armadilhas mas com a colaboração do Varredor, da Mafalda e do Pintor, consegue ludibriar espiões e ultrapassar vários obstáculos. Entretanto apaixona-se, resolve medos que não sabia que tinha e ganha consciência da realidade quando descobre que há parques diferentes daquele, com menos Sol, mas onde as pessoas são mais alegres.

Quando o seu amigo Varredor é preso numa ratoeira, João é obrigado a agir.

Será que se irão abrir os portões do parque?

Será que finalmente os pássaros vão poder cantar?

Que a liberdade possa ser como o ar que respiramos.

Que as cores da diferença habitem a nossa existência.

Que cada pássaro possa cantar e escolher o seu caminho.

O REI VAI NU

Os contos de Hans Christian Andersen empolgantes e misteriosos, encerram uma magia intemporal que tem encantado crianças e adultos ao longo dos anos, histórias mágicas que constituem um estímulo para a imaginação de todas as gerações.

É o caso de “O REI VAI NU”, o conto que Fernando Gomes adaptou e encenou, para ser levado a cena no TEATROESFERA, dando assim continuidade a um projecto destinado às crianças e que com a apresentação de vários espectáculos entre os quais “JOÃO E O PÉ DE FEIJÃO”, “PINÓQUIO”, “CAPITÃO MIAU MIAU”, etc, tem obtido óptimos resultados e um especial interesse por parte das Escolas. Uma fantasia musical apresentada ao público com magia, humor e belíssimas canções que agrada tanto a miúdos como a graúdos! E sempre com a principal preocupação de transmitir valores essenciais, incentivar à leitura, (O REI VAI NU faz parte do plano nacional de leitura), ao gosto pela arte e neste caso em particular, pelo teatro.

CAPITÃO MIAU MIAU

O Capitão Miau Miau leva-nos numa viagem de procura, descoberta e realização de sonhos, apresentando ao público três heróis que representam o Corpo, a Alma e o Espírito. O Capitão Miau Miau, o Gato Sapato e a Gata Felícia, ao aventurarem-se em direção à Fonte dos Desejos, aceitaram pôr em movimento os seus sonhos, acreditaram vir a encontrar uns peixes especiais, diferentes de todos os que já conheciam: Peixes Dourados! Para realizar aquilo em que acreditam, têm de ter um espírito livre, solto, sabedor, mágico… Precisam de uma alma aberta às memórias de um passado belo, maravilhoso, onde a música era doce e o amor tornava tudo perfeito porque todos eram iguais. Alimentaram os corpos para melhor se prepararem para uma estrelada noite de repouso em que os sonhos despertaram no Capitão Miau Miau a vontade de chegar à Ilha Misteriosa onde haveria uma Fonte Sagrada. Apesar da incerteza e de tudo o que tinham de passar, o Capitão Miau Miau e os dois amigos que escolheu para o acompanharem nessa aventura, não hesitaram.

APEADAS

Um funeral agendado. Três mulheres encontram-se numa estação de comboios animadas por uma mesma diligente
intenção: estarem presentes na despedida. Pela mão do temporal, uma árvore tombada sobre a via suspende o tempo
e a revelação toma o lugar da viagem: o homem para o qual acorriam fora, e era, para todas elas, o mesmo. As mulheres
medem-se umas às outras, comparam-se, reconstroem a narrativa na qual se descobrem facetas de uma vida na qual
não são protagonistas e, por fim, solidarizam-se. Na verdade, não se é protagonista na vida de outrem, nem o rumo dos
outros substitui o de cada um, por muito que se ame, por muito que se cuide, por muito que tal seja esperado. Pois que
esperem! E a ajuda pode vir também de um ferroviário. O amor, esse, pode ser agora. Um bilhete para a vida, por favor!

CAPUCHINHO VERMELHO

Publicada pela primeira vez pelo francês Charles Perrault e depois pelos Irmãos Grimm (da versão mais conhecida), o conto sofreu inúmeras adaptações, mudanças e releituras sendo uma das fábulas mais conhecidas de todos os tempos.

Fernando Gomes inspira-se na conhecida série infantil Rua Sésamo, onde ele próprio participou como ator, para construir um divertido espetáculo destinado às crianças de todas as idades, tendo como pretexto a história da Menina do Capuchinho Vermelho.

São cinco divertidas personagens interpretadas por Ana Landum, David Granada, Isabel Ribas, Jorge Estreia e Luís Pacheco que aguardam ansiosamente a entrada do público para contarem e cantarem, através da dramatização e muitas canções, a conhecida história da Menina do Capuchinho Vermelho, a tal que não resistindo à sua enorme curiosidade e para cortar caminho, ao dirigir-se à casa da avó, esquece as recomendações dos pais e resolve atravessar a floresta. Mas o caminho mais curto nem sempre é o mais seguro…

 

NEM O PAI MORRE NEM A GENTE JANTA

Fernando Gomes presenteia-nos com uma versão de “Melocotón en Almíbar” de Miguel
Mihura.
Lisboa, lugar de camuflagem de uma falsa família de assaltantes que após um primeiro furto
a uma ourivesaria em Braga, planeiam outro assalto em Lisboa mas, quando se juntam três
mafiosos, uma ex-stripper, uma freira e uma porteira o resultado só pode ser uma paródia
total!

A ILHA ENCANTADA

Uma fantasia musical. Um espectáculo de Fernando Gomes.

Para escrever A Ilha Encantada, Fernando Gomes inspirou-se nos contos maravilhosos que ouviu em criança – há muitos, muitos anos atrás! – mas que o tempo não apagou da sua memória. Através do prazer e das emoções que as histórias proporcionam o “maravilhoso” sempre foi e continua a ser um dos elementos mais importantes da literatura destinada aos mais novos. A Ilha Encantada é contada em forma de lenda, uma tradição oral que, passando de geração em geração, narra acontecimentos fantásticos; contada e “encantada” uma vez que a música é uma presença constante neste espectáculo, uma maravilhosa Fantasia Musical. O público é convidado a entrar numa ilha misteriosa onde, o mar, a natureza, um barco, e o seu mais velho habitante, um simpático contador de histórias, recebe os visitantes e os convida a participar no jogo teatral do “faz de conta”. Assim, Actores e Público vão “desembarcar” no mundo das lendas, no mundo do teatro, no mundo dos sonhos, no mundo da Ilha Encantada!

“E conta a lenda que há muitos, muitos anos atrás, aqui não havia nada, só mar, um imenso mar, até que um dia, um pescador que ali andava a pescar, sentiu o barco a tremer, o mar a desaparecer e nesses mesmo lugar uma ilha viu nascer. E segundo conta a lenda, essa ilha era apenas habitada por animais de diferentes espécies e raças, mas todos se davam maravilhosamente bem uns com os outros. Todos! Até que apareceu um pirata e com ele… A Poluição! Tudo isto conta a lenda mas o mais que a lenda conta… não posso agora contar! Deixo isso para os Actores que no palco vão entrar. E com amor, com magia… A história da Ilha Encantada… a todos vão revelar! Preparem-se pois para uma viagem ao maravilhoso mundo das lendas… no mundo do teatro… no mundo dos sonhos… no mundo da Ilha Encantada!

BOT-ORTIS

“Quando os pais de Mia, apreensivos com a obsessão da filha em estar isolada nos seus jogos, procuram algum contacto com ela, o súbito convite de um ser virtual de inteligência artificial para participarem num jogo em conjunto, parece tornar-se numa oportunidade para partilharem uma tarde bem-disposta.

Atravessando as barreiras entre o mundo físico e o virtual numa espécie de “caça ao tesouro”, são conduzidos por Bot-ORTIS a enfrentar uma série de desafios, onde os seus conhecimentos e interesses particulares serão cruciais, e terão que trabalhar em equipa para superar as provas. Ao explorar este mundo digital, onde nem tudo é o que parece, habitado por NPCs (Non Playable Characters, Personagens Não Jogáveis) muito peculiares e divertidos, vão descobrir que há mais em risco neste jogo, do que parecia à primeira vista.”

Bot-ORTIS de Teresa Faria e João Oom e encenado por Paula Sousa e João Oom é sobre a família na era digital. A deficiente comunicação e a cada vez maior obsessão pelo mundo digital, e pelos jogos, no contexto familiar são dos maiores problemas da sociedade. O seu conhecimento, a sua consciência e a procura de mudanças é vital. Bot-ORTIS pretende demonstrar esta realidade e propor saídas, onde a complementaridade do mundo digital e físico seja possível e em harmonia.

As crianças de hoje já nasceram no mundo das tecnologias, são os nativos digitais, enquanto os seus educadores são uma espécie de imigrantes digitais. É entre estas gerações que o conflito da estória acontece.

Na sociedade em que vivemos, a recusa de um mundo em prol do outro é impossível, pois o futuro da civilização tem levado a uma convergência entre o físico e o digital.

PICOS E AVELÃ

“Picos e Avelã” é uma adaptação para teatro, por Paula Sousa, do livro “Picos e Avelã – À Descoberta da Floresta do Tesouro”, das investigadoras e psicólogas, Rute Agulhas, Joana Alexandre, Catarina Lopes. Um espetáculo que visa apoiar e responder às necessidades de professores e progenitores de modo a facilitar a abordagem do tema “proteção aos maus-tratos sexuais a crianças”. No contexto da prevenção primária do abuso sexual das crianças este projeto visa trabalhar a nitidez emocional e cognitiva das fronteiras entre o corpo da própria criança e o mundo exterior no qual ela se insere, particularmente no que diz respeito a ameaças contra o seu bem-estar e a sua integridade física.
Espartilhar a noção de “segredo” inserindo a diferença entre o bom e o mau segredo, situar o toque no seu corpo, delimitando o bom do mau toque, o privado do não privado, e empossar a criança dos critérios para dizer sim ou não em cada caso, bem como saber pedir ajuda a pessoas de confiança, são alguns dos elementos que o espetáculo põe em evidência, incentivando a sua apropriação pelos espectadores de idades mais jovens. Além de se revestir de uma dimensão necessária à pedagogia, não apenas escolar, mas familiar e social, esta abordagem é, no parecer da CPCJ de Sintra Oriental e do ISCTE (parceiros neste projeto), inteiramente nova e singular – segundo as investigadoras e psicólogas que criaram o material que serve de base a este trabalho, pouco mais há no panorama artístico performativo a nível nacional e europeu que incida na temática explorada. Esta peça já foi gravada em 2021 encontrando-se em fase de pós-produção e será apresentada até junho de 2022; contudo o Teatroesfera perante o trabalho artístico e de produção desenvolvido decidiu completar o projeto com a sua implantação para teatro, para o público escolar (durante a semana) e para o público geral (aos fins-de-semana). A estrear em abril mês da Prevenção dos Maus Tratos na Infância.

MULHER É TODO O MUNDO

“A epopeia das mulheres migrantes guineenses que estão em Portugal e sonham um mundo melhor, sem mutilação genital feminina e sem segregação em função de qualquer condição de partida.”

MULHER É TODO O MUNDO é um espetáculo de teatro e comunidade que pretende dar voz e corpo às preocupações e vivências das mulheres africanas e afro-descendentes, sobretudo de cultura guineense. Pretende-se contribuir para o empoderamento das mulheres. A partir da recolha de narrativas de várias mulheres construiu-se uma narrativa única com a história de cada uma e que traduz as suas experiências, as suas principais preocupações e as suas principais aspirações. Tornar as mulheres mais conscientes do seu poder na família, na sociedade, na política, contribui decisivamente para um mundo globalmente mais justo e para a sustentabilidade. A construção do espetáculo, bem como a escolha do elenco, pretende ser um caso de integração e diluição de diferenças bem sucedido, quer diferenças de género quer diferenças de culturas.